quarta-feira, 29 de junho de 2011

A chegada do Google +

Há 5 dias não postava nada por aqui e este tempo parecia ficar cada vez maior, multiplicando-se como uma PG enlouquecida. A pressão psicológica de ter um blog com uma meta de 5 posts por semana vem me transtornando um pouco, até porque o momento de pesquisas da minha dissertação está ganhando corpo. Bem, mas o momento não poderia despertar minha escrita para nenhum outro assunto que não fosse o Google+ lançado ha exatos 2 dias. Considero este um passo desesperado do Google, na tentativa de criar um concorrente à altura do Facebook. As semelhanças são grandes e isto vai dar o que falar. Julgue por você mesmo olhando a foto da home abaixo.

Mas o que mais me chama atenção é o fato de que, ao invés de modificar o orkut, eles resolveram criar uma coisa totalmente nova, e com a marca Google. Este brand stretching  (se tiver tempo e interesse sobre este assunto, vale clicar no link da palavra e ler este interessante artigo sobre o tema) é tecnicamente correto?Válido? Inteligente? E os riscos envolvidos em algo desta magnitude? Isto não é mais um Google Wave ou algum daqueles produtinhos que gastaram alguns poucos milhões de dólares com objetivos modestos. Este é um portal de integração de plataformas que pretende ser o substituto do Facebook. Ok, mas será que o Google não está indo longe demais desta vez? Por que o medo do Facebook está fazendo com que uma vitoriosa empresa lance mão de atravessar de sua área de conforto para arriscar seu maior patromônio, sua desejada e admirada marca, numa seara tão desconhecida.
Acho que os analistas e executivos do Google erraram feio desta vez. É uma estratégia com taxas de risco tão altas que não precisavam ser compradas. Por que não lancarem o mesmo serviço com outro nome e irem integrando aos poucos, de forma que, num caso de fracasso, eles pudessem tirar o time de campo sem terem contaminado a marca Google com mais um fracasso? Neste modelo Google+, a viagem é sem volta e não consigo enxergar uma razão empresarial sólida para tanta determinação de enfrentar o Facebook no seu próprio campo de batalha, que não seja a vaidade de seus executivos e criadores. O FB já deu sinais que ele mesmo vinho de encontro ao Google! Para mim, o garoto prodígio do FB deve estar rindo à toa, pois ele tem pouco a perder neste momento. Continuará na sua caminhada com muitos bilhões e com sua crescente base de usuários que já ultrapassam os 700 milhões em todo mundo, e além disto poderá ridicularizar o "grande" inimigo Google que tenta roubar seu posto. Algo como o que o próprio Google fazia quando surgiu o Bing da Microsoft - será que eles já se esqueceram disto?
Andei circulando pelos blogs mais antenados do Silicon valley não para ler o que os analistas estavam escrenedo, mas para ler os comentários que estavam sendo postados nos posts destes analistas, e confesso que entre tantos lidos, o que mais me chamou atenção foi de um universitário californiano que simplesmente definiu assim: "Google+ isn't cool! That's it!"
That's it mesmo!

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